terça-feira, 11 de junho de 2013

PIBID UFRRJ realiza seu primeiro encontro


Por Phelype Gonçalves

O auditório do Pavilhão de Aulas Teóricas (PAT) da UFRRJ recebeu o Primeiro Encontro do PIBID (edital 2009/2012) — Programa Institucional de Bolsas de Iniciação à Docência — com o tema “Integrando saberes: diálogos sobre a formação prática docente” nos dias 6 e 7 de junho. O evento reuniu mais de 20 licenciaturas e contou com a presença de professores da Universidade Rural e de outras instituições.

Dos docentes da casa, a mesa de abertura recebeu Ana Maria Dantas Soares, reitora da UFRRJ; Lígia Machado, pró-reitora de graduação; Lana Cláudia Fonseca, coordenadora institucional do edital 2009 e Pró-reitora Adjunta de Extensão; Rosa Mendes, coordenadora institucional do edital 2011; Liliane Sanchez, coordenadora da área de gestão de processos educacionais do PIBID/UFRRJ; e, por fim, Sara Fazollo, coordenadora institucional (pro tempore).


A primeira a tomar a palavra e a mediar as falas foi a professora Lana Fonseca. A coordenadora institucional contou sua trajetória no Programa e falou sobre o tempo para organizar o edital junto à Capes — cerca de um ano —, que surgiu com 8 subprojetos nas licenciaturas dos cursos de Belas Artes, Letras (Instituto Multidisciplinar – Nova Iguaçu), Letras (Seropédica), Ciências Sociais, Pedagogia (Instituto Multidisciplinar – Nova Iguaçu), Pedagogia (Seropédica), Filosofia e Biologia.

Lana valorizou, ainda, o trabalho do professor e, durante a história da trajetória do PIBID na Instituição, pontuou a importância do ensino universitário na formação de novos educadores.

— Vivemos num fluxo muito grande. Hoje a licenciatura na nossa Universidade é extremamente valorizada — disse.

Complementando as colocações da professora, Lígia Machado, Pró-reitora de Graduação contou a evolução do Programa na Rural.

— No princípio tudo era muito nebuloso. Hoje, na Rural o PIBID é um projeto consolidado e toda aquela nebulosidade do começo do projeto já não existe mais — afirmou.

Lígia falou, também, sobre a profissão de educador e afirmou que é um exercício de prática de ensino sem fim.

— A formação do professor avança para sempre, pois a gente vive em um espaço de construção, reconstrução e expansão — concluiu.

Ciências educacionais



Convidada pelo evento, Ana Maria Dantas Soares, Reitora da Universidade Rural, doutora em Ciências Sociais em Desenvolvimento, Agricultura e Sociedade, incentivou a profissão do educador, independentemente do setor no qual trabalha: educação básica ou superior, e disse que é necessária uma integração maior entre esses locais salientando o dever do Programa para essa troca.

— O PIBID é um sonho. É preciso chegar mais perto das escolas além de um estágio. É necessário viver o cotidiano desses espaços, conversar e dialogar com esses lugares — pontuou.

Doutor em Educação pela Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro (PUC-RJ) e professor da Universidade Estadual do Rio de Janeiro (UERJ), Aristeo Leite Filho, ministrou uma conversa sobre “O que é ser professor nos dias de hoje?”.
Acompanhado do professor Fernando Gouvêa, do Instituto de Educação (IE) da UFRRJ, também doutor em Educação pela PUC-RJ, Aristeo mostrou panoramas de diversos professores e centros educacionais espalhados pelo território brasileiro e exterior; uns com mais tecnologias, outros com menos, com mais ou menos recursos, entre outros pontos que diferem as escolas umas das outras. Porém, mostrou um ponto central entre todas elas: o professor, o líder que não só ensina, mas aprende. Além disso, frisou a importância desse guia saber trabalhar com pessoas.

— Ensino não existe sem aprendizado. Estou diante de um profissional que vai trabalhar com a gente. E gente está em baixa hoje. As pessoas esquecem que precisam uma da outra. Nossa profissão é humana.

Sobre a polêmica sem fim da desvalorização do professor na sociedade, Aristeo falou que ainda há credibilidade social no profissional e salientou o dever de quem deseja seguir esse caminho.


— Nós professores temos dois compromissos: o aprendizado dos estudantes e a aprendizagem deles de fato, compromissado; que são coisas diferentes. E, embora a profissão seja de baixo valor social, as pessoas acreditam na gente. E a profissão de professor não é pra cuidar de cérebro de crianças somente. Tem de cuidar deles e dos donos deles — finalizou. 

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